SEMENTE
(Marcus Lucenna/ Mabenne)
Em silêncio a natureza se levanta
O sol abraça a Terra irmã (refrão)
Na esperança de romper a solidão
Empunhando a bandeira de seus versos
Nos caminhos de prantos esquecidos
Desagua ao relento sem ternura
O verde refletido de lirismo
Seu cantar, semente e liberdade
Remove chão pisado e gera vida
Alimento num paiol de igualdade
É defesa de amor, paz compulsiva
Envolvente sua fúria desce ao mar
Acusa tempestade e nevoeiro
Vigilante, no trauma defensor
Dos enlaçados e mais frágeis barcos
Ao ranger das tormentas, de ondas várias
Refrão
Na floresta um poder de brasa viva
Desacorda a ventura dos caminhos
Ah! Quantos fogem da assassina fúria
Apontando mais além o seu oásis
Quantas vezes o poeta se recolhe
A pássaro sem voz, mudo aparente
Da luta refazendo a seiva pura
Nova luz e sonora melodia
Madrugada retorno para a lida
Afagando o fulgor da noite em restos
Em seus braços de engenho para a vida
Recompõe-se o futuro que amanhece
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