domingo, 21 de fevereiro de 2010

Feira de São Cristóvão

FEIRA DE SÃO CRISTÓVÃO:
CULTURA, EMPREGO E RENDA
(Marcus Lucenna)

A Feira de São Cristóvão desde seu nascimento, trouxe a sina de ser um espaço gerador de emprego e renda. Basta ver, que os seus principais fundadores, o João Gordo e o Índio, foram homens extremamente empreendedores.
João Gordo ao final dos anos cinqüenta e início dos sessenta, foi o maior vendedor ambulante da cidade do Rio de Janeiro, e o Índio, tem entre suas inúmeras realizações, o mérito de ter fundado a primeira linha de ônibus regular entre o Rio e o Nordeste, tirando os conterrâneos do desconforto dos paus-de-arara.
A cultura é a liga, o amálgama, o cimento, que fez a comunidade nordestina se ajuntar em São Cristóvão nos fins de semanas. Mas, desde os seus primeiros momentos, as atividades econômicas exercidas em função disso, foram e ainda são de fundamental importância para a permanência da Feira, desde a sua fundação até os dias de hoje em São Cristóvão.
Houve momentos de turbulências, insubordinação civil e resistência às tentativas de extinção da mesma, tanto pelo próprio poder público, quanto por outras forças. No entanto a Feira de São Cristóvão no seu passado foi o porto seguro para qualquer retirante recém chegado ao Rio, que sem muita burocracia, poderia se instalar para vender uns mangaios e ganhar uns tico-ticos nos fins de semana, até que a vida tomasse rumo e melhorasse. Eu mesmo, quando cheguei ao Rio em 1977 fazia uma grande roda para me apresentar para o povo debaixo de uma árvore todos os domingos e essa foi minha primeira fonte de renda na cidade maravilhosa.
Hoje a Feira, mais que nunca, é um importante pólo de geração de riqueza para nossa cidade e como seu administrador, me debato, para fazer as autoridades e possíveis investidores enxergarem a Feira como um oceano de oportunidades, onde deságuam muitas das vocações da cidade maravilhosa. A Feira é turismo, é cultura, é inclusão social, é invenção e criatividade, é o Nordeste Carioca como cantou o samba enredo da escola “Rosa de Ouro de Oswaldo Cruz”, que neste ano de 2010 prestou a ela homenagem. A Feira contribui para o renascimento do bairro de São Cristóvão e é o único lugar do Rio, que entre 10h da manhã de sexta às 21h de domingo (ininterruptamente), qualquer pessoa pode se encontrar com a arte, a diversão, a gastronomia e a cultura, basta adentrar os portões do Pavilhão.Visite o Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas!

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