domingo, 22 de março de 2009

Discurso de Posse no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas

DISCURSO DE POSSE no CMLGTN DIA 12/3/2009


Este é o momento mais importante da minha vida em meio aos grandes momentos que já vivi. A vida já me deu grandes emoções. Sou artista, cantador e poeta e ao longo da minha carreira, já reuni multidões e recebi muitas homenagens, dentre elas os títulos de Cidadão Carioca e Fluminense. Porém afirmo sem medo de estar enganado, que a honra de ter sido convidado pela nossa Secretária de Cultura Jandira Feghali para ser o gestor municipal do CLGTN e de hoje estar aqui tomando posse, me enche de alegria, me desperta a maior das emoções e também me coloca nos braços, uma tremenda responsabilidade. Assumo essa responsabilidade e também o privilégio de cuidar de um patrimônio cultural acumulado por várias gerações de nordestinos migrantes como eu, que um dia saíram das suas localidades em um ponto qualquer do nordeste, para buscarem aqui no Rio de Janeiro o progresso. Ainda bem, que essa minha trajetória, como a de qualquer um do meu povo, foi feita de lutas e sacrifícios e isso dá um crédito, a mim e a qualquer um do meu povo, para estando aqui no meu lugar, não temer o desafio e entender que o progresso é fruto do trabalho árduo, mas acima de qualquer coisa, de planejamento e ações ordenadas.

O progresso não pode nunca chegar sem trabalho, sem organização, sem planejamento e sem ordem. Para qualquer empreendimento humano funcionar, ele precisa contar com esses elementos e nenhuma pessoa em sã consciência, desejaria viver na desordem. A Feira Nordestina de São Cristóvão é um grande empreendimento, que pode gerar os meios, para que todos que nela atuem, possam viver com dignidade através do fruto do seu trabalho honesto. No entanto, será preciso que esse conjunto, planejamento, Trabalho, organização e ordenamento, seja implementado o mais rápido possível, para que a nossa feira, possa ser mãe e não madrasta dos que trabalham e sobrevivem sob o seu teto. A nossa gestão a frente dos destinos da feira de São Cristóvão, primará por esse objetivo e terá o progresso do CMLGTN como meta. Temos conhecimento dos grandes e dos pequenos problemas que ao longo do tempo foram se instalando e se acumulando por aqui e de posse do diagnóstico dessas doenças, podemos “aviar uma receita” e aplicar o remédio que as cure. Mas para qualquer remédio funcionar o paciente precisa tomá-lo de acordo com as prescrições médicas. E eu prescrevo um remédio caseiro e simples, para curar todos os males da feira, “a união”. Precisamos nos unir, os grandes, os médios e os pequenos, a Associação dos Feirantes e a Prefeitura, os fornecedores e os comerciantes, para darmos aos freqüentadores do CMLGTN o melhor em nossas atividades, a certeza que a cultura nordestina continuará viva neste espaço que nasceu em função da nossa migração e do encontro conosco mesmos, através dessa nossa rica cultura. Tudo que aqui tiver de mais nordestino, de mais nosso, é o que atrairá além do nosso povo, os turistas, os curiosos, todos aqueles que buscam o diferente, o especial e conseqüentemente isso fará o sucesso desse empreendimento e o nosso. Hoje com a Feira administrada pela Secretaria Municipal de Cultura, com a nossa querida secretária Jandira Feghali à frente e comigo como o seu gestor, a boa vontade da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro na pessoa do nosso prefeito Eduardo Paes, com o alinhamento entre os governos do nosso município, do nosso estado e do governo federal, temos a faca e o queijo na mão, e unidos, faremos daqui um centro irradiador e aglutinador da força cultural do nosso povo nordestino, especialmente daqueles que escolheram a cidade do Rio para morar. Faremos da Feira Nordestina que já é o espaço mais visitado da cidade maravilhosa, o orgulho de nordestinos e cariocas, que aqui se irmanam, se misturam e formam um só povo e que caminhando juntos, ao mesmo tempo em que caminham, também constroem a estrada que nos levará ao futuro, futuro que será brilhante para todos nós e especialmente para este espaço maravilhoso que o migrante nordestino legou a cidade que o acolheu, o CMLGTN nossa querida Feira de São Cristóvão ou Feira dos Paraíbas como queiram chamar, não importa, o importante é estarmos como dizem os Jovens, Juntos e misturados.

Meu abraço fraterno.

Marcus Lucenna

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